segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sarau - Banho de Brasilidade!

Estivemos participando de um evento chamado Sarau da Comuna, idealizado pela Comunidade de Jesus de São Bernardo do Campo em 24/07 e 25/07.
Realizado apenas uma vez por ano, fica muito difícil perder, nós que somos amantes de música e de arte Cristã Brasileira! Ficamos, eu e minha esposa, chateados por não participar de outro evento importante na nossa igreja, a EBF dos Jovens de nossa federação. Mas como temos o tino e a vontade de servir a Deus através da música, decidimos, com muita dificuldade então, não perder esta oportunidade de participar.
Nossa participação no Open Mic Festival na sexta-feira me pareceu muito discreta, mesmo porque tocar frente a uma banca de jurados como Glauber Plaça, Silvestre Kullmann, Stênio Marcius, Gerson Borges entre outros, observar Eliezer Venâncio (grande compositor), Wanda Sá (cantora de Bossa Nova) e Telo Borges (parceirão do Milton Nascimento) na platéia e ver os participantes de alto nível tocarem antes de mim me fez tremer... Como eu estava dizendo... participação discreta... vou contar o que nos emocionou...
Estávamos comemorando o nosso 2º lugar não esperado e conversando com um bocado de gente quando fomos surpreendidos pela Wanda Sá, que tão simpática fez rasgados elogios sobre a voz da Renata (que timidamente não sabia o que dizer) e sobre os rumos que a minha música não tomava; “característica que ela achou interessante”...
Conversar com Telo Borges, sendo a iniciativa dele, a respeito do interesse de observar minha música com mais detalhes e a possibilidade de grava-la em um dos seus projetos me deixou muito feliz... Ser analisado por pessoas assim nos dá vontade de continuar!!!
O que falar da sinceridade de Stênio Marcius em fazer elogios e também críticas extremamente bem recebidas por nós! É muito bom saber onde temos que melhorar e agradecemos muito pessoas que conseguem criticar com sensibilidade e conhecimento pra nos aprimorar...
Bem, o Sarau no sábado foi um absurdo de bom!!! Teve homenagem a Jorge Rehder, teve teatro, muita música boa e o encerramento com Wanda Sá tocando “Desafinado” e outras músicas cristãs e dando o seu testemunho... Telo Borges cantando a música em parceria com Milton Nascimento que ganhou o Grammy ... Várias do Clube da Esquina... Valeu a pena, ou por que não dizer, foi inesquecível!!!
Pessoal, orem por nós! Nós desejamos de coração, gravar parte de minhas músicas e realizar um trabalho que mostre o mesmo Deus de sempre de uma maneira que os ouvidos dos crentes estão desacostumados a ouvir: Com muita poesia, muita brasilidade... enfim, canções de brasileiro pra brasileiro: - um grito de independência em meio a um turbilhão de porcaria que tem sido pregada por meio da música e consumida pelos cristãos com pouca opção de escolha: ou leva coisa ruim ou nada!!!
Eu creio que nossa cultura (brasileira) pode ser regenerada e ser plenamente cativa a Deus... Creio que seremos cobrados pela criatividade não aplicada e também não devolvida a Deus.
Vamos devolver a Deus o que Ele deu ao nosso povo: Muitos sambas, muitas modas de viola, muitos chorinhos, muito baião, xote, frevo.... muita música urbana brasileira...
Vamos nacionalizar o nosso louvor!!! Vamos tocar os hinos tradicionais em ritmos brasileiros.... Ninguém põe um terno em um africano e o faz tocar um piano.... Vamos bater pandeiro e tocar viola!!!! “...com instrumentos de dez cordas...” Faça seus versos, recite em sua igreja, toque seu violão... fale da realidade do seu bairro, de seus amigos, enfim, vamos ser mais brasileiros!!!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

A teologia de Belchior, Dannese e Saulo

Só pra gente pensar um pouco.....
Certa vez participei de um festival onde fui feliz em ganhar, apesar das duras críticas que um Bacharel em teologia disparou contra minhas duas músicas: "Estas músicas não têm teologia alguma!" ... Sabe que eu não discordei!?!?!?! Vejamos então uma comparação sobre a teologia de Belchior – compositor popular; Regis Dannese – compositor gospel e Saulo – compositor amador... Serão dadas por mim as notas de 0 a 10 para a 1ª estrofe das músicas: Velha roupa colorida – Belchior / Zaqueu – Regis Dannese / Teu olhar – Saulo


Velha roupa colorida


Você não sente nem vê
Mas eu não posso deixar de dizer, meu amigo
(palavras de exortação como: Em verdade, em verdade vos digo:) Nota: 10
Que uma nova mudança em breve vai acontecer
(Frase altamente profética e bíblica) Nota: 10
E o que há algum tempo era jovem novoHoje é antigo, e precisamos todos rejuvenescer
(Explícito conceito de renovação da mente e "eis que tudo se fez novo!") Nota : 10


TOTAL: 30 PONTOS


Como Zaqueu


Como Zaqueu, quero subir
(Zaqueu subiu de curioso: ainda sem muito interesse espiritual: Claro que quando Jesus se dirige a ele a conversa muda) Nota: 04
O mais alto que eu puder
(subir em lugares altos pode não ser tão seguro apesar de parecer espiritual) Nota: 03
Só pra Te ver, olhar para Tí
(é uma oração e manifesta o desejo de ver a Deus, por tanto legal, ver a Deus é nossa esperança) Nota: 08


TOTAL: 15 PONTOS


Teu olhar


É manhã bem cedo e o sol clareou nossa terra
(Deus colocou os astros em uma ordem que não passará) Nota: 02
Coloriu a face das flores, várias cores se fez enchergar
(Coloriu com letra maiúscula: Deus quem fez!) Nota: 10
O passarinho cantou; já se pôs a voar!
(A criaçõa louva ao Senhor!) Nota: 03


TOTAL: 15 PONTOS


Conclusão


O Belchior me parece mais atento a princípios bíblicos...
Devemos compor músicas mais inteligentes, músicas que mostrem quem Deus realmente é, e vamos buscar excelência para que Deus seja cada vez mais engrandecido por nós Cristãos. O suposto "mundo" muitas vezes mostra o nosso Deus melhor do que a gente!
Isso é só uma maneira de mostrar que Deus continuará se manifestando e sendo glorificado e não há diferença entre quem faz isso: se "professa sua fé publicamente ou não". Nós que professamos devemos fazer o melhor!

sábado, 18 de julho de 2009

BACH, SUPREMO GÊNIO SACERDOTE

por Roberto Minczuk

Bach, em minha opinião, representa a perfeição como músico e compositor. Sua genialidade somente pode ser comparada a de Shakespeare, Newton ou Einstein. Realizar Bach é uma questão de humildade. Sua obra é como as maravilhas e as forças da natureza. Ao ouvi-la, percebemos como somos pequenos diante de sua música, manifestação clara da glória de Deus.
Tive em minha vida muitas bençãos, dentre elas a de ter vivido durante vários anos como músico em Leipzig, na Alemanha, cidade onde Bach passou seus últimos anos e escreveu suas maiores e importantes obras, como as Paixões, O Magnificate e A arte da fuga. Congreguei na mesma igreja em que ele trabalhou e está sepultado, sob a nave.
Bach era uma pessoa de natureza bondosa e de postura modesta. Acreditava que tinha muito a aprender com todos. Prova disto foram as transcrições que fez das obras de Vivaldi, o que ajudou a melhorar a sua escrita. Em outra oportunidade, ele caminhou durante dias apenas para ouvir o organista e compositor Buxtehude, então considerado o melhor organista da europa. Estamos falando de Bach, um homem que tocava muitos instrumentos e escrevia freneticamente. A cada final de semana, para cada culto, ele tinha que compor uma nova cantata. Apesar de toda a sofisticação de suas obras, elas faziam parte do cotidiano das pessoas. Por vezes, Bach usava hinos conhecidos como temas e em nenhum momento pensava na posteridade ou se gabava de suas habilidades. Ele era um servo da música e principalmente um servo de Deus por meio da música.
E é por tudo isso e muito mais que reger Bach é uma experiência arrebatadora. Trata-se de uma oportunidade de reflexão, de autoconhecimento, de introspecção e, ao mesmo tempo, de elevação. Perceba a mão de Deus por meio deste gênio chamado Johann Sebastian Bach!!!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Eu demoro mesmo...

Gente, desculpem-me pela demora para fazer postagens.... Eu quero melhorar... Pois bem...

Sempre achei que algumas músicas podem nos transformar, normalmente músicas cristãs... O que temos visto é um vasto mercado onde alguns chamados crentes tem investido muito! Não acho que não devam investir, mas alguns critérios devem ser observados por nós consumidores altamente consumistas:

1) O que realmente edifica?

2) Consumimos música cristã por que?

3) O que tem sido dito nas músicas?



Um amigo um certo dia disse algo que me marcou: "Entretenimento travestido de espiritualidade". Será que nos sentimos bem demais quando ouvimos certas músicas? Será que as músicas deveriam nos desafiar mais já que queremos transformação? Penso que transformação envolve atitude pouco relacionada com música e sim com a palavra e Deus...

Tenho pensado que música é simplesmente música e se for boa ela agrada a Deus... Louvor e adoração estão cada vez mais distantes deste horrível comércio cheio de mesmice...

Hoje tenho consumido música cristã boa, ou porque não dizer ótima!!! Compositores como Silvestre Kuhlmann, Stênio Marcius, Fabinho Silva, Glauber Plaça, Roberto Diamanso entre outros nos fazem gostar de música!!! Música cristã brasileira!!! E achar beleza nas coisas da vida, na simplicidade do nosso povo, nas nosssas crises e nossos costumes... Bem, do nosso "jeitinho" até de ser crente...

Algumas músicas populares tem me ensinado muito... E algumas músicas chamadas cristãs tem me feito ficar mais burro...

E como diria Zé Geraldo : "Não têm jeito, de tudo eu tenho feito", e como diria Milton : "A vida se repete na estação", acho que vou me despedir como apenas um aperitivo do Silvestre:



Esta é a mais bela poesia

Ver o Rei numa estrebaria

Esta é a mais bela poesia,

O Deus onipotente dependente do colo de Maria

Esta é a mais bela poesia



Aquele que forjou o universo trabalhou numa carpintaria

Aquele que cavalga nas asas do vento fez de um jumentinho sua montaria...



Ouçam Silvestre...